Fundação do Rio de Janeiro - 1565
Em 10 de novembro de 1555 cerca de 600 homens franceses, liderados pelo diplomata Nicolas Durand de Villegagnon, desembarcaram em uma ilha na entrada da Baía de Guanabara (Rio de Janeiro) e fundaram ali o Forte Coligny, como marco da instalação da “França Antártica”. Em 15 de março de 1560 as forças armadas de Mem de Sá, Governador Geral do Brasil, destroem a fortificação e expulsam os franceses. No entanto, pela precariedade das embarcações portuguesas e dos suprimentos, os franceses logo ocupam novamente o local. Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, volta para Portugal para pedir auxílio. Em 1563, Dona Catarina, viúva do Rei Dom João III e regente do trono português, determinou que Estácio de Sá retornasse como chefe de esquadra para reconquistar a região.
Estácio de Sá organizou uma grande missão para expulsar os franceses que restavam da Baía de Guanabara, buscando apoio entre os colonos da Vila de São Vicente e os nativos. Bertioga era o ponto de partida. Após missa rezada pelo padre Manuel da Nóbrega na capela do Forte São Thiago (Forte São João) e após a benção à esquadra de Estácio de Sá, partiram todos de Bertioga, em 20 de janeiro de 1565. O padre José de Anchieta os acompanhava, assim como os irmãos Adorno, que forneceram diversas naus e embarcações a remo e suas respectivas tripulações cristãs e indígenas, possibilitando, em união com as forças vindas da Bahia, a retomada do Rio de Janeiro e a sua fundação em 1º de março de 1565.
Em 1567 é realizada uma nova expedição, que parte de Bertioga para o Rio de Janeiro, em mais uma missão objetivando a expulsão dos últimos franceses e Tamoios/Tupinambás, inimigos dos portugueses.