A Vila de Bertioga - 1950
A década de 1950 é marcada na Vila de Bertioga pelo início do serviço de travessia de balsas, o que permitiu que veículos automotores cruzassem o Canal de Bertioga. Os condutores desses veículos traziam suas famílias, bagagens e até animais domésticos. A chegada à Bertioga ficava mais simples e, consequentemente, atraiu mais visitantes e novos moradores. O comércio também foi beneficiado, tornando-se possível o transporte de mercadorias pela estrada, vinda diretamente de Santos ou de São Paulo.
As fotos da década de 1940 e as fotos da década de 1950 revelam uma profunda mudança na estética das edificações da Vila de Bertioga. As casas e os estabelecimentos comerciais deixam de ter suas paredes emboloradas pela ação da umidade e do tempo, e passam a ser pintadas e permanentemente cuidadas e embelezadas. Mas as casas ainda continuaram iluminadas pelos lampiões, pois a energia elétrica somente viria na próxima década, obstáculo a ser vencido para o desenvolvimento social e econômico de Bertioga.

Casa de Orestes do Amparo, filho de Sebastião Alexandre do Amparo

Fundos da casa de Orestes do Amparo, filho de Sebastião Alexandre do Amparo

Avenida Vicente de Carvalho, entre a Avenida Anchieta e a antiga escola – terras de João Sabino Abdalla – 1955

Avenida Vicente de Carvalho, entre a Avenida Anchieta e a antiga escola – terras de João Sabino Abdalla – 1955

Avenida Vicente de Carvalho – A Viga-Mestra – A venda de João Sabino Abdalla – O alojamento da “Santense” – 1955

Em 1959, João Sabino Abdalla em frente a “venda”, de camisa branca, e ao lado Antônio Luiz Lanari do Val, um dos donos das terras de Guaratuba, que deram origem aos condomínios, loteamentos e outros empreendimentos imobiliários que muito contribuíram no desenvolvimento da cidade.

Avenida Vicente de Carvalho – O alojamento da “Santense” e a “venda” de Epiphânio Batista (Faninho) – 1955

Avenida Vicente de Carvalho – A “venda” de Elias Nehme – 1955

Avenida Vicente de Carvalho – A “venda” de Elias Nehme e a “venda” de Miguel Bichir – No canteiro central, o eucalipto “anão” – 1955

Avenida Vicente de Carvalho – A “venda” de Miguel Bichir – O açougue de Orivaldo Camargo – A casa de Cândida Valentina dos Santos (Dona Candinha) – 1955

Casa de Dona Candinha, mãe de João Rosendo (um dos fundadores do Bertioga Futebol Clube), avó de Pinguim (servidor público de Santos). Foto da década de 1950.

Casa de Epiphânio Batista (Faninho), em foto da década de 1950.

Avenida Vicente de Carvalho – A residência da família Batista – 1955

Propriedade de Mário Tancredo (década de 1950)

Casa residencial de Mário Tancredo (década de 1950)

Casa de Rosendo Vicente dos Santos (década de 1950). Ele era casado com Maria Antonia de Jesus. São seus filhos: Manoel, Alzira e Hilda.

Casa de Antônio Lourenço do Rosario

Terras de Izidro Jorge, ao lado do campo do Bertioga Futebol Clube (década de 1950)

Avenida Vicente de Carvalho – A residência de Afonso Paulino, com suas grandes janelas, e, ao lado direito, a Padaria São João da Barra – 1955

Rua Domingos Pires, esquina com a Praça Armando Lichti – 1955

Rua Domingos Pires, sentido Rua Júlio Prestes – 1955

Rua Júlio Prestes, no centro de Bertioga, em foto de 1951: a Igreja São João Batista, erguida no início da década de 1940.

Forte São João. Plataforma de armas. 1952. Foto publicada em “Mapas Fotográficos: memória familiar, sociabilidade e transformações urbanas em São Paulo”, de Alexandre Araujo Bispo. Tese. Dissertação Universidade de São Paulo – USP.

Forte São João. 1952. Foto publicada em “Mapas Fotográficos: memória familiar, sociabilidade e transformações urbanas em São Paulo”, de Alexandre Araujo Bispo. Tese. Dissertação Universidade de São Paulo – USP.

Rua Júlio Prestes, em 1952, durante uma comemoração de carnaval. Do lado esquerdo da imagem é o “Bar, Restaurante e Armazém Mar e Terra”, de Elias Nehme. Foto publicada em “Mapas Fotográficos: memória familiar, sociabilidade e transformações urbanas em São Paulo”, de Alexandre Araujo Bispo. Tese. Dissertação Universidade de São Paulo – USP.

Foto registrada em 1952, a partir da lancha da Santense, partindo da ponte. Foto publicada em “Mapas Fotográficos: memória familiar, sociabilidade e transformações urbanas em São Paulo”, de Alexandre Araujo Bispo. Tese. Dissertação Universidade de São Paulo – USP.
“Ruínas de Bertioga” é um documentário filmado em 1950, produzido, dirigido e narrado por Alceu Maynard Araújo. O roteiro é de Adhemar Chaves, da Sociedade Geográfica Brasileira. É um curta-metragem com sete minutos de duração que tem como roteiro a partida de São Paulo pela Rodovia Anchieta, passando pela estação das lanchas da Santense no cais do Paquetá, em Santos, até chegar em Bertioga, onde são destacados os cenários que compunham o trecho compreendido entre o Forte São João e a ponte de atracação. O que teve grande destaque e foi motivo de alerta foi a necessidade de restauração do patrimônio histórico de Bertioga: o Forte São Luís, a Ermida de Santo Antônio do Guaíbe e a Armação das Baleis. Alertava que um dos patrimônios de Bertioga foi destruído por uma ressaca de 1926. Estava se referindo ao campo santo (cemitério), que possuía a Capela de São Joao Batista e que em 1950 não existia mais, nem as ruínas, porque no lugar estava a Escola Isolada Vicente de Carvalho. Já o Forte São João estava recentemente restaurado (1942), mas não tinha a conservação necessária e apenas oito anos depois já estava em parcial estado de abandono.

Alceu Maynard Araújo nasceu em Piracicaba em 1913 e faleceu em 1974. Foi escritor e estudioso do folclore brasileiro. Foi professor da “Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo” (USP) e da “Universidade Presbiteriana Mackenzie”. Produtor, editor e narrador do documentário “Ruínas de Bertioga”, filmado em 1950.
Em 1964, foi eleito para a Academia Paulista de Letras.

A rodovia Anchieta foi inaugurada em 1947 e isso contribuiu para impulsionar o turismo no litoral paulista. O documentário “Ruínas de Bertioga”, apresenta vários trechos com as pistas e túneis recém-inaugurados, na viagem em direção à Bertioga em 1950. Foto da Rodovia Anchieta da época da inauguração.

A rodovia Anchieta foi inaugurada em 1947 e isso contribuiu para impulsionar o turismo no litoral paulista. O documentário “Ruínas de Bertioga”, apresenta vários trechos com as pistas e túneis recém-inaugurados, na viagem em direção à Bertioga em 1950. Foto extraída por Jamilson Lisboa Sabino a partir do filme “Ruínas de Bertioga”. Imagem arquivada na Cinemateca brasileira e cedida para “História de Bertioga”.

O Forte São João em 1950. Foto extraída por Jamilson Lisboa Sabino a partir do filme “Ruínas de Bertioga”. Imagem arquivada na Cinemateca brasileira e cedida para “História de Bertioga”.

Margens do Canal de Bertioga, ainda sem o cais em 1950, na altura da Rua Irmãos Braga. A ponte de atracação das lanchas da Santense ao fundo da imagem. Foto extraída por Jamilson Lisboa Sabino a partir do filme “Ruínas de Bertioga”. Imagem arquivada na Cinemateca brasileira e cedida para “História de Bertioga”.

Margens do Canal de Bertioga, sem o cais em 1950, na altura da Rua Júlio Prestes e ao lado da ponte de atracação. Forma-se uma prainha. Foto extraída por Jamilson Lisboa Sabino a partir do filme “Ruínas de Bertioga”. Imagem arquivada na Cinemateca brasileira e cedida para “História de Bertioga”.

Margens do Canal de Bertioga, sem o cais em 1950, em frente o Parque dos Tupiniquins. É possível visualizar algumas canoas e mais ao fundo os ranchos de pesca (cabanas). Foto extraída por Jamilson Lisboa Sabino a partir do filme “Ruínas de Bertioga”. Imagem arquivada na Cinemateca brasileira e cedida para “História de Bertioga”.

A ponte de atracação e uma das lanchas da Santense na sua extremidade. Há um barco, possivelmente de passeio, atracado lateralmente. Foto extraída por Jamilson Lisboa Sabino a partir do filme “Ruínas de Bertioga” (1950). Imagem arquivada na Cinemateca brasileira e cedida para “História de Bertioga”.