Hospital Distrital de Bertioga - 1989

Em 1984, logo no início do governo do Prefeito de Santos Paulo Gomes Barbosa, foi sugerido pelo Secretário de Higiene e Saúde de Santos, José Pereira Sartori, a criação de um hospital para o Distrito de Bertioga. O Secretário justificava isso porque em um recente encontro com um grupo de moradores essa foi a reivindicação predominante, porque não existia nenhuma sala de cirurgia nas unidades de saúde do Distrito.

 

José Pereira Sartori, Secretário de Higiene e Saúde de Santos, em foto de 1984, do jornal “Cidade de Santos”.

Logo após a posse de Telma de Sousa como Prefeita de Santos, em 1989, ela esteve em Bertioga em um encontro realizado na Casa da Cultura, na época cedido ao Lions Clube de Bertioga, com a presença de vários moradores, inclusive deste autor, com 11 anos de idade. Assinamos um livro de presenças. Estava lotado. Durante a reunião Telma de Sousa indagou qual seria a principal reivindicação dos moradores, e ouviu que seria um hospital.

Telma de Sousa se comprometeu com Bertioga e disse que entregaria um hospital. Entretanto, a alternativa escolhida pela Prefeitura de Santos não agradou a população de Bertioga. O que o Distrito almejava era a construção de um novo edifício, em outro lugar, com as concepções típicas de um hospital e o que Telma entregou foi uma placa nova no Pronto Socorro já existente na Praça Vicente Molinari, substituindo vergonhosamente o nome de Pronto-Socorro Luiz Carlos Battu Wichrowski por “Hospital Distrital de Bertioga”, com o slogan e as cores da administração petista. Não foi realizada a construção de um hospital, mas algumas adaptações ao pronto-socorro, denominando a unidade de saúde já existente de hospital, apenas para cumprir a promessa feita à população. A inauguração ocorreu no dia 13 de novembro de 1989, mas Telma de Sousa que iria comparecer, não conseguiu entrar em Bertioga, pois muitos ameaçavam protestar contra ela em função de suas ações governamentais e políticas contrárias a emancipação de Bertioga. Cancelou sua participação e com quase duas horas esperando por ela, coube ao Administrador Regional Renato Faustino fazer a inauguração.

As reclamações da população sobre o serviço de saúde no Município continuaram, porque as adaptações realizadas no prédio que já existia não conseguiram atender a demanda e aumentavam as reclamações de péssimos atendimentos prestados principalmente pelos médicos.