O renascimento da Vila de Bertioga - 1920
Mas foi somente com a instalação da “ponte de atracação”, entre 1919 e 1924, pela Companhia Santense de Navegação, que os libaneses João Sabino Abdalla, Miguel Bichir, Elias Nehme, além de João Cesário Bichir, Nestor Pinto Florêncio de Campos e mais tarde Epiphânio Batista (Faninho), dão início a primeira atividade de ocupação urbana ordenada da cidade.
Não estavam ali pela agricultura, pecuária, pesca ou o extrativismo, tal como as fazendas de plantação de banana, mandioca, frutas ou extração de madeira. Não havia a intenção em continuar desenvolvendo atividade rural em Bertioga. É o fim de um ciclo.
João Sabino Abdalla e outras famílias confiaram que Bertioga poderia se tornar uma cidade urbana, com moradias e comércios, com ruas e praças, com ordenamento e planejamento do solo.
Foi a partir dali, da “ponte de atracação”, que Bertioga passou a crescer, as ruas e os bairros foram ocupados, a primeira escola, o primeiro banco, posto de saúde, cinema, padaria, igreja, posto telefônico, casa de materiais de construção, farmácia, açougue. Bertioga começa a virar “cidade”.
A Vila de Bertioga da época de Diego de Braga somente obteve o seu desenvolvimento e efetiva ocupação a partir dos anos 1920.
São as famílias Sabino, Bichir, Nehme, Batista, Pinto, Mazzoni, os que acreditaram em Bertioga como “cidade”. Deixa-se de lado as granjas, fazendas, sítios, ranchos, para ser Bertioga das casas, dos prédios, das lojas, do turismo.